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A IGREJA DE SANTO AMARO
A
Igreja de Santo Amaro
assenta sobre uma necrópole romana, paleo-cristã e medieval que se estenderia,
fora das portas da cidade, ao longo da via para o Norte. O primeiro orago teria
sido Santiago, antes do século XVI. A capela é conhecida por Senhora da Graça
durante o século XVII e por Santo Amaro nos tempos mais recentes.
Teria havido neste mesmo local uma
ou mais edificações anteriores; porém, o que hoje nos resta em volumetria
arquitectónica é uma igreja praticamente construída de raiz em finais do século
XV – princípios do XVI.
Em meados do século XVI são construídas as duas capelas ainda hoje adossadas à colateral sul e, em finais dessa centúria ou inícios da
seguinte, é acrescida à colateral norte uma outra capela funerária.
As obras realizadas no século XVIII modificaram profundamente a fachada
ocidental, dando-lhe o aspecto que hoje ostenta. São também nessa altura
alterados os alçados da cabeceira.
Como elementos arquitectónicos
anteriores às obras quinhentistas temos a destacar, provavelmente, a pequena
meia-calote no topo da
ábside central
e, principalmente,
as colunas que suportam as
duas fiadas de arcos
formeiros. Os
capitéis e os
ábacos,
tradicionalmente considerados de época visigótica – e a cuja tradição pertencem
indubitavelmente – não serão anteriores ao século IX.
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